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A discrepância entre o que as empresas procuram e o que as universidades oferecem

  • Foto do escritor: Andrea Fontes
    Andrea Fontes
  • 13 de fev. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 16 de fev. de 2021


Para os jovens à procura do primeiro emprego, o futuro sempre foi incerto, mas agora, em tempos de pandemia, ficou ainda mais.

Estudos recentes divulgaram quais as competências que no futuro serão mais necessárias no mercado de trabalho. Num estudo desenvolvido por quatro universidades europeias, no final de 2019, foram inquiridos mais de 200 empregadores de Portugal, Espanha, Letónia e Itália. Quando questionados acerca das competências que consideram mais relevantes foram mencionadas: ”vontade de aprender”, “flexibilidade” e “conhecimento numa área técnico-científica” como as três competências mais relevantes. Em Portugal o top três é idêntico, surgindo no entanto, o “Pensamento crítico” em vez do “vontade de aprender”. Neste estudo são também evidenciadas as competências consideradas como mais relevantes nos próximos cinco anos. Nesta análise, e a nível global, surge em primeiro lugar a “flexibilidade”, depois a “criatividade” e em terceiro lugar o “pensamento crítico”.


Num segundo estudo da IESE Business School, em 2020, em Espanha , foram enunciadas também as maiores necessidades em termos de competências futuras, e destacam-se nas três primeiras posições a “capacidade de aprendizagem”, a “inovação/criatividade” e o “trabalho em equipa” e, em termos de atitudes a “resiliência”, a “autonomia” e a “sensibilidade multicultural”.


Como podemos analisar destes estudos a importância das soft skills é evidente, e se pensarmos que não existem unidades curriculares na maioria das universidades dedicadas a estas competências torna-se visível a discrepância entre o que o mercado procura e o que os estudantes conseguem ativamente desenvolver nas escolas .

Este estudo propõe também uma série de medidas para reduzir estas diferenças entre o que o mercado procura e o que as universidades oferecem: mais formação prática, serviços de tutoria, maior envolvimento das empresas, mais informação aos alunos, maior flexibilidade de programas e políticas ativas de emprego. Para as empresas são também propostas algumas iniciativas: mais flexibilidade de contratação, bolsas de emprego práticas e mais incentivos à formação.


É importante que empresas e universidades se aproximem e comuniquem abertamente. Desta forma não só os professores e alunos conseguem ter acesso a realidades concretas de aplicação do conhecimento, podendo perceber as necessidades das empresas, como as empresas podem beneficiar desse conhecimento para resolução dos seus problemas e em última instância garantem o acesso a fontes de recrutamento pré validadas.


É urgente que os alunos e candidatos percebem a importância do desenvolvimento de algumas competências, que nem sempre se aprendem (só) nas universidades e procurem ativamente formas de as desenvolver e evidenciar para vingarem no mercado de trabalho.


Andrea Fontes


The discrepancy between what companies look for and what universities offer


For young people looking for their first job, the future has always been uncertain, but now, in times of pandemic, it has become even more so.

Recent studies have disclosed what skills will be needed in the future in the job market. In a study carried out by four university universities, at the end of 2019, more than 200 employers from Portugal, Spain, Latvia and Italy were surveyed. When asked about the competencies they consider most relevant, the following were mentioned: “willingness to learn”, “flexibility” and “knowledge in a technical-scientific area” as the three most relevant competences. In Portugal the top three are identical, however, “Critical Thinking” appears instead of “will to learn”. This study also highlights the competences assessed as most relevant in the next five years. In this analysis, and at a global level, “flexibility” appears first, then “creativity” and thirdly “critical thinking”.

In a second study by the IESE Business School, in 2020, in Spain, the greatest needs in terms of future skills were also spelled out, with “learning capacity”, “innovation / creativity” and “ team work ”and, in terms of attitudes,“ resilience ”,“ autonomy ”and“ multicultural sensitivity”.

As we can analyze from these studies, the importance of soft skills is evident, and if we think that there are no curricular units in most universities dedicated to these skills, the discrepancy between what the market is looking for and what students can do to develop in schools .

This study also offers a series of measures to reduce these differences between what the market is looking for and what schools offer: more training, tutoring services, more business involvement, more information for students, more flexible programs and active employment policies. For companies, initiatives are also proposed: more hiring flexibility, practical job exchanges and more training incentives.

It is important that companies and universities approach and communicate openly. In this way, not only do teachers and students gain access to concrete realities of applying knowledge, being able to understand the needs of companies, but companies can benefit from this knowledge to solve their problems and ultimately guarantee access to pre-validated recruitment sources.

It is urgent that students and candidates realize the importance of developing some skills, which are not always learned (only) in universities and actively seek ways to develop and demonstrate them to succeed in the job market.

Andrea Fontes

 
 
 

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